(para Victor da Rosa)
ainda zero a zero
é a final, estádio cheio
você, ponta-de-lança
de raro elenco,
aos quinze do segundo tempo
segue tragando palavrões
no metro, pelo capim
sob um sorriso discreto
até bater nas mãos do
volante de contenção convocado,
enquanto ouve o urro da galera
para o professor:
“burro, burro”, e
passa o resto da vida
saindo daquele gramado,
o filme, na cabeça, a repetir
tudo o que você teria jogado
naquela meia-hora sem fim.
que vida não é assombrada
por um calvário assim
num lance ou noutro
nem que por um quarto
de hora escroto?
(poema de Ruy Vasconcelos, copiado de seu http://afetivagem.blogspot.com/)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
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